Título Original: Nocte
Autora: Courtney Cole
Tradução: Mauricio Tamboni
Ano: 2018
Ano: 2018
Editora: Verus
Páginas: 294
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Calla parece ser uma adolescente normal, se desconsideramos que ela mora em uma funerária, que o irmão sofre de uma forma grave de esquizofrenia e que a mãe morreu recentemente e ela é culpada por isso, ou ao menos se sente assim. Na verdade, ela não é nada normal, e conviver diariamente com a loucura está cada vez mais difícil. O pai não está lidando bem com o luto, o irmão está cada vez mais distante e para completar, um lindo desconhecido aparece constantemente em seus sonhos.
Dare DuBray é realmente lindo, e agora mora não apenas em sua mente, mas também divide o mesmo espaço físico que ela. Um vizinho sensual e misterioso é a única coisa capaz de mantê-la lúcida quando tudo parece estar desmoronando. Acontece que essa não parece ser a hora certa, nem o local certo, e ela não tem ideia se conseguirá lidar com toda a tensão sexual que surge sempre que eles estão próximos um do outro. Mas ela precisa salvar o irmão e salvar a si mesma no processo, e um segredo sombrio e assustador está sempre à espreita, esperando a hora certa para destruir tudo o que ela tenta desesperadamente construir.
"Pessoas mortas não parecem adormecidas, como todo mundo gosta de dizer. Elas parecem mortas, porque estão mortas. Coitadinhas. Eu me recuso a ficar boquiaberta por elas. A morte decepa a dignidade das pessoas, mas eu não preciso ser aquela que segura a faca."
Nocte promete uma leitura misteriosa e sexy, daquelas que nos envolvem do início ao fim. A capa realmente traz essa impressão e uma sinopse nada reveladora parece ser o ápice para um livro que tinha tudo para ser único e viciante. O que eu realmente encontrei nessa obra, foi um enredo confuso e arrastado, que tinha muito a oferecer, mas que falhou quase miseravelmente. O livro faz parte de uma série, e eu acho que foi exatamente nesse ponto que a autora pecou. Tentar arrastar uma boa história, por livros e livros, faz com que a trama perca a intensidade necessária para conquistar e irrita o leitor pelo modismo das continuações rasas.