Resenha: Um Tom Mais Escuro de Magia

Título Original: A Darker Shade of Magic
Autora: V. E. Schwab
Ano: 2016
Editora: Record
Páginas: 420
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Existem quatro dimensões do nosso mundo. Nestes quatro universos existem quatro versões de Londres. Kell é um Antari, um mago viajante e um dos últimos com a habilidade de atravessar uma Londres a outra. Para diferencia-las, Kell nomeou cada cidade de acordo com a cor que mais a representa. A Londres Cinza, é onde não existe mais magia, a Londres Vermelha, seu lar, a magia é viva e o reino é próspero e a Londres Branca é onde a população consumiu grande parte e ainda tem fome de magia. Existe também a Londres Negra, mas dela, ninguém mais fala.

Além da nobreza desses reinos, os Antaris são os únicos seres cientes da existência dos outros mundos, por serem eles os responsáveis pela comunicação entre os reis. Por este motivo, Kell é o embaixador da Londres Vermelha, não que fosse uma escolha feita por ele.

Kell, tem um péssimo hábito. Usa do seu dom para contrabandear itens entres os reinos. Colecionadores são capazes de pagar fortunas por itens que veem de outro mundo. É algo extremamente proibido e perigoso. As portas entre as dimensões foram seladas por um motivo e tal hábito desagrada o príncipe da Londres Vermelha, Rhy Maresh.

Em sua última missão, enquanto voltava da Londres Branca, Kell é enganado e acaba carregando consigo um item raro e extremamente perigoso, um artefato da Londres Negra. Tarde demais, Kell percebe que está em posse de algo que poderá colocar não só sua vida em risco, mas a paz de todos os reinos. Em sua fuga, ele acaba conhecendo Dalilah Bard, uma ladra nata que está em busca de um significado para sua vida. No passe de mágica de um esbarrão, talentosamente, Lila rouba Kell para em seguida salva-lo de um grande mal. Devido a um perigo iminente, eles precisam fugir e consertar o que foi feito. Ele por ser o único capaz, e ela, a princípio, por querer fazer parte de uma grande aventura.



Um Tom Mais Escuro de Magia foi uma grata surpresa. Sem saber o que esperar, V. E. Schwab foi construindo sua história e a cada página eu ficava mais absorta em seus mundos. A magia na história é completamente presente e bem desenvolvida pela autora. Aqui a magia, literalmente, é a protagonista, um personagem pulsante e ameaçadora, que caminha e tem vontade própria.

"Ela é Vitari. De certa forma, suponho que seja pura. Mas é puro potencial, puro poder, pura magia. - E nenhuma humanidade - completou Lila. - Nenhuma harmonia."

Logo no começo da leitura, é possível notar que tinha em mãos uma história fluida, empolgante e cheio de reviravoltas. O típico livro que você vive a aventura junto com os personagens e consegue sentir cada emoção. A autora não perde o ritmo da narrativa, e não há nenhum momento de monotonia e isso a autora faz muito bem, apesar de ter uma narrativa corrida, no bom sentido, ela não se perde e entrega exatamente aquilo que a trama pede, mesmo que não profundamente.



As diferentes Londres, são cenários muito bem elaborados e descritos pela autora. Com as descrições que Kell dá ao longo da narrativa é possível diferenciar exatamente cada Londres como se fosse algo visível ao leitor. Eram os pequenos detalhes que identificam cada uma, o clima, a paisagem, os alimentos e objetos. Até mesmo com o comportamento da população de cada cidade é possível identificar e distinguir com qual Londres o protagonista estava interagindo.

Além disso, é possível notar que Schwab, trabalha muito bem seus personagens. Ela não entregou totalmente deles para o leitor, mas mesmo assim, os deixou interessantes para que houvesse uma identificação e um envolvimento com eles na história. Algumas coisas não ficaram totalmente claras, neste livro, muitas coisas ficam nas entrelinhas e há como imaginar os próximos tópicos que as continuações irão abordar.

A transição de capítulos, separados por acontecimentos, facilita a leitura e as amarras que a autora faz de um capitulo ao outro, às vezes, até modificando a perspectiva do personagem, ambientando o leitor para aquilo que está acontecendo na trama como um todo e não apenas através do personagem principal.



"- A pureza sem equilíbrio é a sua própria maldição. Os estragos que esse talismã pode produzir nas mãos erradas...- Em qualquer mão pensou ele. - A magia da pedra é a magia de um mundo arruinado. Não pode permanecer aqui."

Apesar de ser um livro com início, meio e fim, o livro é o primeiro de uma trilogia. Neste primeiro volume, é possível notar que a história tem um arco, mas algumas pontas, apesar de não terem ficado totalmente soltas, permitem brechas para uma continuação. O destino dos personagens não é concretizado de certa maneira. Há uma brecha iniciada, para que a autora desperte a curiosidade sobre que fim levou cada um deles. 

Em suma, Um Tom Mais Escuro de Magia é um livro cheio de ação, que empolga, que emociona e intriga o leitor. Ele é direto ao ponto e é impossível largar a leitura até que você saiba o que realmente está acontecendo. Sua trama prende o leitor do início ao fim, é uma fantasia diferente, criativa e cheia de mistérios. Recomendo.


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10 comentários

  1. Esse tema de livro não é um dos meus favoritos, mas ele parece ser bom, qualquer dia desses eu paro e leio ele, quem sabe eu não pare de julgar livros com histórias parecidas.

    criaturacrista.blogspot.com.br

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  2. Joi!
    Gosto do livro com portais, magia, artefatos e mistério.
    O Kel agora vai ter de se livrar o tal artefato para que não morra ou não prejudique o equilíbrio das Londres e ainda consegue uma aliada ladra, talvez não dessem certo, porém pelo visto, vamos acompanhar uma grande jordana desses dois juntos.
    “O saber se aprende com os mestres. A sabedoria, só com o corriqueiro da vida.” (Cora Coralina)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    TOP Comentarista de JANEIRO dos nacionais, livros + BRINDES e 3 ganhadores, participem!

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  3. Oi, Joi!
    Eu amei esse livro! Quando comecei a ler, não conseguia parar! Achei bem legal que, apesar da trilogia, ele não termina naquele gancho gigante.
    Adorei como ela construiu todas as Londres, magia e suas características.
    Beijos
    Balaio de Babados

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  4. Não conhecia esse livro, mas fiquei super empolgada para ler! Adoro histórias de magia e fantasia, principalmente quando são bem construídas e a narrativa é fluida! Também achei o máximo o fato de o leitor se sentir vivendo as aventuras junto com os personagens! A próxima vez que eu for à livraria irei procura-lo com certeza! Ah, e as fotos ficaram lindas!

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  5. Quero muito ler esse livro, adoro história de fantasia... gostei muito da resenha parece ser um livro prazeroso de ler pelo bom enredo e personagens. E o livro é bem bonito.

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  6. Que história intrigante, esses enredos de universos similares mas paralelos e complexos, chamam a atenção. Me deixou curioso essa mistura de ficção,ação, fantasia ficou eclético esse livro mas pela sua nota Joi pareceu que deu certo essa mistura

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  7. Ser trilogia desanimou um pouco por ter que esperar o resto. Tudo que tem magia já me deixa boba para ler (influência de HP rsrs)
    Amei a divisão de Londres e o fato do protagonista não ser nenhum santinho rs

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  8. Bom, esse é um dos gêneros de livros que mais me agrada, terei que adicioná-lo ao Quero Ler no Skoob hahahah. Ponto positivo esse de ele ser direto no ponto, acho isso ótimo e não fica aquela leitura detalhista e cansativa, você realmente se intriga e não consegue largar a história!

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  9. Adoro fantasia, diferente então melhor ainda. Bem instigante o enredo com esses quatro universos e só uma pessoa pode viajar por eles, essa confusão com o artefato deve gerar muitos conflitos e deve deixar o leitor avido por saber o desenrolar da historia isso é muito bom, sem falar na adrenalina que deve ser.

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  10. A trama envolvendo distintas Londres,todo a construção desses mundos e dos personagens,conseguiram minha atenção,dá vontade de andar por cada uma das Londres e ver suas diferenças,e claro,o toque de magia me conquista,adoro fantasias.

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