Entrevista: Isabela Pâmelli Martins

Em seu segundo romance, o primeiro, Copadrama - Uma Tragicomédia Brasileira, foi lançado em 2009 pela Amazon nos USA, a autora Isabela Pâmelli Martins compartilha com o leitor memórias de uma jovem brasileira na Cidade da Luz. Paris, Mon Amour – As Memórias de Uma Jovem Brasileira na Cidade Luz irá revelar Pâmelli, uma jovem carioca que com apenas dez anos de idade resolveu alçar voo rumo aos EUA, mas que aos vinte e dois parte para a sua primeira viagem para à França.



É esta viagem que encontraremos pelas páginas de "Paris, Mon Amour", uma história que fala sobre o crescimento de uma jovem romântica e do ano em que ela viveu e se apaixonou perdidamente em Paris. O relato é emocionante, divertido, mas também rico em detalhes culturais e antropológicos. Muito dessa jornada é baseado nas próprias experiências da autora e sabendo disso, resolvi fazer uma entrevista com ela para conhecer um pouco mais sobre este trecho de sua vida. Vamos conhecê-la?

1 - Olá Isabela. Primeiramente, use este espaço para se apresentar. Fale um pouco da sua jornada como autora. Como surgiu a vontade de compartilhar com outras pessoas um romance de viagem, baseado em suas próprias vivências?

Meu primeiro romance, “Copadrama- Uma Tragicomédia Brasileira” foi uma sátira bem humorada da sociedade brasileira (especialmente a carioca) e apesar de ser baseado em fatos e pessoas reais, trata-se de uma obra de ficção. Já o “Paris, Mon Amour” é um relato de vivências e experiências reais – um “memoir”. 

Na verdade, por se tratar de algo bastante pessoal, a história ficou “guardada a sete chaves” (risos) no meu computador durante mais de vinte anos. Foi escrito entre 1995/96, numa época bastante difícil de minha vida e serviu para me distrair e de certa forma fazer com que “voltasse” à França novamente e revivesse tudo aquilo – mesmo que fosse apenas através da leitura. Na época, cheguei a dar à história um final fictício e aquele que eu gostaria que tivesse acontecido de fato. Então, somente agora, mais de duas décadas depois, finalmente resolvi tirar o manuscrito do “fundo do baú”, revisá-lo e lhe dar o final real. Foi uma jornada bastante longa. 

2 - Como surgiu a vontade de ser escritora e antes disso, como era sua relação com a literatura?

Meu avô, Romeu de Avelar, foi jornalista, escritor e historiador em Alagoas e, posteriormente, no Rio de Janeiro. Apesar de ter falecido quando eu ainda era criança, sempre senti uma grande proximidade com ele, principalmente do ponto de vista intelectual. Li e reli todos os seus livros como uma forma de conhecê-lo melhor e, assim como ele, sou uma grande entusiasta da língua e cultura francesa. Como filha única, sempre fui um pouco introspectiva e desde jovem tive gosto pela leitura, principalmente os clássicos da literatura mundial e em especial a francesa, a inglesa e a brasileira do Século XIX. Sou uma grande aficionada de Jane Austen e Émile Zola, que, coincidentemente (ou não) era, segundo minha mãe, o autor preferido de meu avô. Então, em 2009 lancei meu primeiro romance e passei a seguir os seus passos literários. Deve ser algo hereditário. 

3 - Do que, essencialmente, Paris Mon Amour, fala? Conte um pouquinho sobre seu livro. Foi o primeiro a ser escrito? Onde podemos encontrar seus livros?

Trata-se de um “romance de viagem”, um livro de memórias, que engloba sobretudo o período entre 1988 e 1990 – o ano em que fui estudar em Paris. É o relato das aventuras e experiências de uma jovem brasileira em sua primeira viagem à Cidade Luz, de seu primeiro amor, de sua grande desilusão e de seu posterior amadurecimento, aprendizado de vida e conquistas. É o que costumamos chamar em inglês de “a coming-of-age story”, ou seja, uma história de crescimento interior e transformação pessoal. 

Onde encontrá-los? Todos os meus livros podem ser adquiridos tanto em E-book , como em paperback (livro impresso) através da Amazon nos seguintes países: E.U.A., França, Inglaterra, Espanha, Alemanha e Japão.

No Brasil, eles estão disponíveis em E-book pela Amazon Brasil. Contudo, apenas o “Paris, Mon Amour – As Memórias de Uma Jovem Brasileira na Cidade Luz” está disponível em uma edição física sendo distribuído pela Editora Chiado. Infelizmente a Chiado não é tão rápida e eficiente com o envio. O prazo de entrega dela é de cerca de um mês. Algumas livrarias, tais como a Martins Fontes, a Cultura e Travessa também aceitam encomendas do “Paris, Mon Amour”, mas todas dependem da distribuição da Chiado. 

Compre Paris, Mon Amour na Amazon ou no site da Editora Chiado


4 - O “Paris, Mon Amour”, tem como missão tocar qual público? Existe um foco para você? O que o leitor pode esperar do seu livro?

O PMA deve tocar muita gente que pensa em um dia alçar voo, em se aventurar em um outro país ou cultura, em adquirir uma experiência de vida diferente daquela que sempre teve e sair de sua zona de conforto. E quem já fez isto também vai se identificar com a história.

Creio que muitas pessoas poderão se ver em algumas experiências vividas pela Pâmelli, e se inspirar no seu eventual amadurecimento, nas lições de vida que ela adquiriu e em suas conquistas. Apesar da história se passar nos anos 1980, penso que muito do que é narrado no livro é universal e atemporal. 

Acredito que o romance agradará em especial àquelas pessoas que possuem o espírito romântico (independente de sua idade), que curtem viajar através da literatura, que tenham um interesse especial pela França e por Paris e que apreciam os finais felizes à la Jane Austen (risos)! Não sei se isto será um spoiler, mas minhas histórias sempre terminam bem. 

5 - Sabemos que o “Paris, Mon Amour” é baseado em fatos de sua vida. Mas existe ficção também? Há algo em Pâmelli que você gostaria que existisse na autora? 

Somente o antigo frescor dos seus vinte aninhos (risos)! O fato é que, desde a época da história narrada no “Paris, Mon Amour”, a Pâmelli já passou por várias transformações, cresceu e amadureceu bastante. Ela aprendeu muito com suas experiências de vida, suas decepções e suas próprias realizações. Na época do “Paris, Mon Amour”, ela ainda tinha MUITO o que evoluir. E continua evoluindo. 

6 - A exemplo de um trechinho do capítulo 6, compartilhado por você em sua fanpage, vemos que o livro contém muitas descrições de suas primeiras experiências em Paris, na França. Como foi o impacto cultural que você teve ao se deparar com realidade completamente diferentes entre Brasil, EUA e Europa. 

Nunca experimentei qualquer tipo de choque cultural na França. Pelo contrário, sempre me senti muito mais em casa lá do que em meu próprio país natal (o Brasil) ou no meu país de adoção (Estados Unidos). Certamente o fato de já ser formada em francês, de conhecer a cultura e falar a língua fluentemente contribuíram muito para a minha rápida adaptação por lá. 

Já aqui nos E.U.A., onde moro há quinze anos, minha adaptação foi igualmente rápida – mas ainda existe, e penso que sempre existirá, um certo “choque cultural”. Principalmente em relação a comida (que deixa muito a desejar) e à filosofia de vida dos americanos. O americano típico come mal, se veste mal, passa grande parte de sua vida dentro de um carro e só tira duas semanas de férias por ano – o que raramente é o suficiente para que ele possa viajar ao exterior, descobrir outras culturas e desta forma se tornar menos etnocêntrico e mais cosmopolita. Mas apesar disto, as pessoas aqui são geralmente alegres, leves e felizes. Este é um país que eu aprendi a amar de uma maneira diferente da França. 

7 - Porque este ano em especifico, virar um livro? Paris é especial para você?

Sim, aquele ano de 1988 em Paris foi muito especial em minha vida. Aquela foi a minha primeira viagem à Europa e, até então, eu havia passado toda minha existência dentro de minha própria concha protetora. Era uma típica patricinha carioca, me achando muito “cosmopolita” simplesmente por ter estudado a vida toda em uma escola internacional. Mas estava enganada. Foi preciso sair de minha zona de conforto, cruzar o Atlântico e passar um semestre vivendo como uma típica parisiense, experimentar algumas dificuldades para aprender a dar valor às coisas que, até então, eu tomava como óbvias. Foi uma experiência antropológica e tanto e algo que contribuiu muito para o meu amadurecimento, crescimento e aprimoramento pessoal. Foi em Paris que eu verdadeiramente descobri o mundo, o amor e também onde tive minha primeira grande desilusão. Todo aquele percurso percorrido pela Pâmelli, muitas vezes penoso, lhe ensinou muito, lhe abriu os olhos, a mente. Em suma, soltou suas amarras e a preparou para novas viagens, novas aventuras e novos desafios. E também novos amores.

8 - Isabela, você é formada em Francês e História e Antropologia pela Universidade do Texas. Quanto de sua formação acadêmica você conseguiu transpor para a sua obra? O quanto isso contribui para a construção do seu relato?

Eu me formei em francês pela Aliança Francesa do Rio de Janeiro em 1986, no curso “Nancy” – onde, na época, se estudava a fundo a cultura, a língua, a geografia, a civilização e a literatura francesa. Era esta a formação “superior” que eu tinha quando parti para a França dois anos depois – a época da história do “Paris, Mon Amour”. Somente muitos anos depois me formei em Antropologia e História na Universidade do Texas. 

O “Nancy” da Aliança Francesa foi algo extremamente valioso para mim, no sentido em que me forneceu todas as ferramentas necessárias para que eu pudesse tirar o máximo proveito daquele semestre que passei na Cidade Luz. Eu tinha uma sede de cultura imensa, devorava os romances em francês da biblioteca da escola em Paris, frequentava os magníficos museus da cidade e sabia apreciar a maravilhosa comida francesa e seus vinhos. Mas era também muito jovem e inexperiente (principalmente em termos românticos) e não tinha o conhecimento antropológico e a experiência de vida que tenho hoje. Isto me colocou, até certo ponto, em uma posição vulnerável e as lições que tive que aprender por vezes foram bastante duras. 

9 - Tem planos para novas histórias?

Sim! Penso em escrever o “Copadrama 2”. Só que desta vez os personagens serão inspirados em pessoas que conheci aqui nos E.U.A., ao longo destes anos todos. Não será uma "sátira bem humorada da sociedade brasileira" e sim da americana (risos).

10 - Por fim, deixe um recado para os leitores do Estante Diagonal. Onde podem te encontrar para acompanharem de perto o teu trabalho.

Na página do “PARIS, MON AMOUR”, no Facebook, os leitores podem curtir várias fotos que tirei ao longos de minhas viagens à França, assim como extratos do livro. São posts sobre Paris e também outras cidades e regiões da França que visitei nestes últimos 30 anos. Há lugares mencionados na história, informações sobre a gastronomia francesa, sua literatura e tudo o que tem a ver com a França e sua cultura. É um petit coin cultural para os amantes da Velha França e também um espaço de divulgação do livro. 

Sobre a autora:


Isabela Pamelli Martins nasceu no Rio de Janeiro em 1966 e teve uma educação bilíngue na Escola Americana da Gávea. É formada em francês pela Aliança Francesa do Rio de Janeiro e em História e Antropologia pela Universidade do Texas, em Austin. Se especializou em dar aulas de inglês para brasileiros e português para estrangeiros, tendo ensinado em vários Centros de Idiomas BERLITZ mundo a fora (no Rio, em Lisboa e Berlim). No final dos anos 1990, Isabela trabalhou como professora bilíngue em uma plataforma da Petrobrás na Bacia de Campos, assim como em um navio FPSO de petróleo na costa do Espírito Santo. Atualmente, ela dá aulas virtuais para o Centro BERLITZ de Cincinnati, em Ohio e divide o seu tempo entre o Texas e a Flórida. Isabela é casada e tem dois chihuahuas, Lila e Kiara, que resgatou do Abrigo de Animais de Austin.

Encontre mais informações da autora no site da Chiado.

17 comentários

  1. Olá, não conheço o trabalho da autora, porém essa entrevista foi ótima para saber um pouco de suas estratégias na escrita. O que me enche os olhos é a pesquisa muito bem feita acerca da ambientação francesa, o que faz com que o autor viaje junto com a protagonista. Além disso, essas dicas socioculturais da frança também dão um destaque à obra. Beijos.

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  2. Oi, Joi,

    Muito bacana a entrevista. É sempre bom conhecermos um pouquinho sobre cada autor que está por trás dos livros. Nesse caso, não é diferente, gostei de ter essa oportunidade de conhecer não só a autora, como sua obra - que aparentemente é bem construída!

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  3. Que linda !
    Ainda não conheço nenhuma obra da autora mas, adorei a entrevista com ela.
    É bom conhecer um pouquinho da pessoa por trás dos livros né?

    Amei, beijos

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  4. Que delícia de entrevista!!!
    Como não conhecia o trabalho da autora, adorei muito ler tudo que li acima. Não somente sobre este novo trabalho, mas também a forma como ela se descobriu autora, herança!!! Sempre a herança boa(a gente agradece)
    Trazer uma história com uma viagem assim, roteiros, cenários, paixões e a vivência deve ser algo muito bom, afinal, ficou guardado numa redoma por tanto tempo e só agora ela dividiu isso com o leitor.
    Com certeza, irei procurar pelo histórico da autora!!!
    E oh, viva nossa literatura nacional!
    Beijo

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  5. Olá! Deve ser mágico poder ir a tantos lugares e depois conseguir transferir um pouco dessas memórias para o papel, mudar algumas coisas possíveis de mudar e acalentar uma grande lembrança assim. Bem privilegiada. Seria legal conhecer essa história de crescimento na cidade luz, passando por tantos ligares e encontrando tantas diferenças.. Obrigada pela entrevista!

    Bjoxx

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  6. Não sou muito fã da Chiado (e até a Isabela comentou de como eles demoram...), mas esse parece legal!

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  7. Conheço Isabela há mais de 15 anos. Sempre inteligente, comunicativa e afetuosa. Não fiquei surpreso quando soube que tinha escrito COPADRAMA. Em nossos contatos mostrava capacidade de ser uma escritora.
    Gostei muito de COPADRAMA. Na época comparei o livro ao filme de Altman SHORT CUTS. São vários núcleos com personagens imperfeitos, generosos ou egoistas, mas acima de tudo reais.
    Quis então ler PARIS MON AMOUR imediatamente. A personagem não tem pudores para revelar seus medos, angústias e sonhos. Tudo escrito com leveza e reflexão.
    Parabéns Isabela. Sou seu fã e amigo.
    Um abraço grande Fernando Berto

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    1. Obrigada meu caro Fernando. Achei que você gostaria de saber um pouco mais sobre as origens do PARIS, MON AMOUR e aproveitar para conhecer este blog literário :-) XOXOXO

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  8. Oi Joi,
    Amei essa autora já, não pela escrita (até porque não li nada dela ainda), mas por ela mesmo sabe? Parece ser uma pessoa incrível e muito inteligente.

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  9. Oi Joi!
    Amei a entrevista e claro, conhecer um pouco da autora, ainda não tive oportunidade de ler o livro, parece ser tão lindo, vou add nos desejados.
    Bjs!

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  10. Que currículo incrível! Meu sonho é viajar pela Europa, quero muito ler essa história, gostei muito da entrevista.

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  11. Oi Joi,
    Bacana conhecer um pouco mais sobre a autora...
    Eu acho demais saber que, não só a leitura, mas a escrita também é um refúgio para algumas pessoas, que bom que a autora consegui se encontrou, em um época difícil, na paixão de escrever!
    A proposta do livro é boa, adoro Paris, e por ser real, deve ser mais emocionante.
    Espero ter a oportunidade de ler!
    Beijos

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  12. Não conhecia a autora, gostei de saber mais sobre a sua trajetória de vida, sobre como ela começou a escrever é interessante saber que ela deixou uma historia guardada por tanto tempo, mas o bom é que ela resolveu retomar esse caminho. Isso dela sair da sua concha protetora é uma grande passo e incentivo pra muitos.

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  13. Oi, Joi
    Adorei a entrevista com a autora, ainda não conhecia. Vou na página do facebook sobre o livro para ter mais informações.
    Uma herança maravilhosa de família ser escritora e amar os nossos querido livros.
    Beijos

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  14. Nunca tinha ouvido falar nem altura nem no Brasil e é estranho você vê isso uma autora brasileira se primeiramente publicada no exterior para ser publicada em seguida no Brasil

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  15. Nunca vi nada da autora e é sempre bom conhecer autores e obras nacionais.
    Acredito que para sua própria publicidade e pra atrair leitores, a autora deveria escolher títulos melhores. Eu pessoalmente não gostei dos títulos, principalmente por ter a palavra "brasileira" inclusa. Fica um tom de autobiografia que não gosto. Apesar de a autora ter se inspirado em memórias de sua vida pra criar a história, ficou uma linha tênue entre a ficção e a autobiografia. Se esta linha estivesse bem definida seria mais interessante a meu ver, para atrair o público certo de leitores.

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  16. Olá! Sempre ótimo conhecer novos autores, gosto de livros que retratem histórias reais, acredito que a autora tem que ter muita coragem para dividir com milhares de pessoas seus sentimentos, imagino como deve ter sido mágico para ela ao 22 anos estar em uma cidade tão encantadora como Paris.

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