Le Chevalier nas Montanhas da Loucura | A. Z. Cordenonsi e Fred Rubim

Título Original: Le Chevalier nas Montanhas da Loucura
Autor: A. Z. Cordenonsi e Fred Rubim
Ano: 2018
Editora: Avec
Páginas: 64

Após conhecer a aventura steampunk criada por A. Z. Cordenonsi em Le Chevalier e a Exposição Universal, chegou a hora de conhecer mais um capítulo do espião sem nome e seu fiel escudeiro. Desta vez em quadrinhos, Le Chevalier irá enfrentar o Justiceiro da Paz.

Mas afinal, quem é Chevalier? Ele é um espião e principal agente do Bureau Central de Inteligência e Operações, protegendo o Império Francês contra seus inimigos. Tudo isso acontece enquanto a França lidera a Revolução Industrial em um mundo steampunk. Nesta HQ, nosso protagonista terá que superar suas diferenças com antigos inimigos em prol de algo maior. Recrutados pela mais famosa ladra do Comitê, Irene Adler, Chevalier irá embarcar na última tentativa de parar o Justiceiro da Paz, um chantagista que vem ameaçando as principais potencias mundiais para que todos eliminem seus poderes de guerra, caso isso não aconteça, ele mesmo fará isso com o poder do que ele chama de Raio da Morte, uma arma capaz de eliminar alvos a quilômetros de distância. 

Antes que o mundo entre em guerra, o grupo segue para o cenário gélido da Antártica em busca de pistas de onde pode estar localizado o esconderijo do inimigo, e para isso eles terão que seguir os passos de uma antiga expedição da Universidade Miskatônica no que são chamadas, as Montanhas da Loucura.


Alguma semelhança com a obra de H. P Lovecraft? Nada aqui é coincidência, a HQ é inspirada na novela do autor, Nas Montanhas da Loucura, como também em Edgar Allan Poe em o conto A Narrativa de Arthur Gordon Pym e Júlio Verne, em A Esfinge dos Gelos. Claro, tudo ambientado ao mundo steampunk e vitoriano dos heróis desse quadrinho. Não é o máximo?

Assim como o primeiro volume que li, os enredos de Cordenonsi continuam cheios de ação, investigação e mistério. Desta vez, temos um dinamismo diferente durante a leitura, a HQ faz com que tudo seja mais direto e as vezes fale apenas por uma imagem. O melhor é ver o cenário steampunk ganhando realmente vida e sem dúvidas, Fred Rubim conseguiu detalhar muito bem todas as engenhocas antes apenas só descritas pelo autor. 

É possível perceber inventos sendo explorados em cada ilustração e figuras históricas que realmente existiram continuam sendo pontuados ao longo da trama, seja em uma pequena citação ou menção. Este uso engrandece a leitura, que por sinal, é rápida, inteligente e divertida também. Quanto aos personagens, Persa, o desbocado amigo, continua sendo o alívio cômico e Chevalier permanece com seu ar sherlokiano. Novas personagens são inseridas na trama e eu particularmente adoro ver figuras femininas sempre garantindo espaços nas criações do autor.



Minha experiência com a HQ me deixou louca de vontade para ler mais de Le Chevalier, da mesma forma que fiquei quando terminei Exposição Universal lá em 2015. Acontece que isso foi ficando e nunca mais consegui voltar a este universo. Hoje consegui e só me arrependo de não ter feito isso antes. Adoro a personalidade astuta e discreta de Chevalier e adoro ainda mais cada personagem novo inserido. Recomendo a leitura para quem procura uma aventura steampunk, com algumas referências reais do cenário vitoriano em meio a investigações e espionagem.



Esta é a segunda colaboração de Cordenonsi e Fred Rubim, o primeiro volume é Arquivos Secretos, também lançado pela Editora Avec em 2016. Nela temos outras duas aventuras da dupla. Você não precisa ter lido a HQ anterior e nem o livro lançado em 2014, no início deste volume há uma pequena apresentação de todos os personagens falando sobre suas origens e história, há inclusive uma explicação do que são os curiosos seres mecânicos que acompanham seus amos o tempo inteiro. Tenho certeza que vocês vão se interessar muito pelos drozdes. Com todos estes detalhes que te ajudaram a te contextualizar sobre toda a trama você pode embarcar nesta aventura sem medo!

7 comentários

  1. Hq's ainda não é um universo que eu domine ou até entenda um pouco. Mas devagarinho tenho tentado mudar isso e me aventurado um pouco a mais neste gênero.
    Pelo que entendi esta segunda Hq continua no mesmo nível de ação, aventura. Mas gostei de saber que é com uma linguagem mais direta. As vezes, isso faz falta!
    E pelo que li acima, os personagens continuam seguindo a mesma linha do anterior, com uma ou outra mudança!!!
    Espero conhecer ambas!
    Beijo

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  2. Eu até gosto de HQ mas na hora de comprar acabo optando por livros rs. Gosto de historias com espiões, deixam a trama mais envolvente e divertida, por causa da aventura e do mistério que vai aparecendo. Que me lembro só li um livro com steampunk, mas gostaria de ler mais, é interessante. Ainda bem que personagens femininas estão ganhando espaço nessa HQ dão um charme a mais com sua presença e sabedoria. Dos autores que a obra tem semelhança, só li o Edgar Allan Poe.

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  3. Não sou lá de ler muito do tipo mas achei legal o universo dessa história. Steampunk, com referencias e inspirações em outras obras e autores famosas, com coisas da época como invenções e figuras reais...isso é bem legal. O clima de investigação também chama atenção. Acho que se acabasse lendo iria gostar, tem muita coisa interessante. Pra quem já curte o estilo é uma dica legal de hq pra ler.

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  4. Oi Joi.
    Gosto bastante do gênero steampunk. Acho bem divertido e inusito a mistura das referências de tecnologia com a era da reevolução industrial.
    Além disso, parece uma HQ com traços bem bonitos, com uma paleta de cores agradáveis.
    Fiquei bem curiosa para conhecer essa HQ, mesmo não gostando tanto de história sobre espiões. Vou ver se encontro a primeira HQ.
    Beijos

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  5. Olá! Eu gostos de Hq’s, acredito que elas me atraem mais em razão dos desenhos, que tornam a leitura mais agradável, pois consigo visualizar os personagens e cenários, embora não conheça os demais livros dessa série, fico satisfeita que é possível realizar a leitura desse sem ficar muito confusa.

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  6. Cenário vitoriano + espionagem + HQ ????
    Já quero na minha TBR 2019 rss
    Não sei se sou só eu, mas percebo que a leitura flui muito mais quando lemos em HQ

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  7. Não imaginei que Le Chevalier nas Montanhas da Loucura iria me interessar tanto. Comecei me surpreendendo com a história envolver a Revolução Industrial, assunto que adoro desde a escola. Melhor ainda quando descobri uma trama repleta de ação e mistério, gêneros que adoro. Por fim, a presença do desenvolvimento de inventos da época me deixou encantado. Quero ler!

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