A Cidade de Bronze | S. A. Chakraborty

Título Original: City of Brass
Autora: Shannon Chakraborty
Tradução: Mariana Kohnert
Ano: 2018
Editora: Morro Branco
Páginas: 608
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A Cidade de Bronze é o primeiro livro lançado aqui no Brasil da autora S. A. Chakraborty, primeiro da Trilogia Daevabad publicada pela Editora Morro Branco.

Nahri faz de tudo para sobreviver e é por causa disso que acabou virando uma habilidosa golpista que atua nas ruas do Cairo. Para enganar os nobres da região, ela utiliza-se das mais variadas "truques", como a leitura de mãos, alguns roubos e até alguns falsos rituais e pequenas curas. Falando nisso, Nahri nunca acreditou em magia de fato, mas nunca entendeu direito sua aptidão para a própria cura.

Em uma de suas encenações em uma cerimônia de exorcismo, Nahri acaba convocando um ser místico chamado Dara, um poderoso guerreiro djinn. É a partir desse acontecimento que a vida de Nahri muda drasticamente, ela acaba arrastada para um mundo em que ela acreditava existir apenas nas histórias que contava. Agora ela precisa fugir de um perigo que pareceu despertar junto ao inocente ritual que fizera, e para isso, Nahri e Dara terão que atravessar rios e desertos até chegar a magnifica e misteriosa Cidade de Bronze, que é não só um refúgio, mas também um lugar fortemente ligado a verdadeira origem de Nahri e sua família.

O universo desse A Cidade de Bronze é tão rico em detalhes e tão grandioso que chega a ser difícil escrever sobre esta leitura. É difícil colocar em dois parágrafos o enredo inicial deste livro, quando há muito mais atrelado por suas páginas, tanto mais dessa mitologia, desses seres, desses personagens e de todas as tribos que formam uma civilização que agora, se sente ameaça pela chegada inesperada de Nahri.

"Está brincando com coisas que não entende, Nahri. Não são suas tradições. Vai acabar com a alma partida por um demônio se não tomar mais cuidado."

A Pequena Caixa de Gwendy | Stephen King e Richard Chizmar

Título Original: Gwendy's Button Box
Autores: Stephen King e Richard Chizmar
Tradução: Regiane Winarski
Ano: 2018
Editora: Suma
Páginas: 168
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Gwendy Peterson é uma pequena garota de 12 anos, moradora de Castle Rock, ela vive lá com a família e apesar da vida feliz ao lado deles e de sua melhor amiga, as coisas nem sempre são fáceis no seu colégio. Como uma pré-adolescente, existem coisas que lhe incomodam e entristecem.

Em uma bela noite, enquanto estava indo para Castle View, subindo as conhecidas Escadas Suicidas, Gwendy escuta um homem lhe chamando, em um canto escuro do parque pelo qual ela caminhava, ora não seria muito inteligente uma garota de 12 anos, sozinha, à noite, no escuro, atender o chamado de um homem que ela nunca havia visto na sua vida. Mas o Sr. Ferris, o homem misterioso, apenas desejava lhe presentear com uma caixa, ainda mais misteriosa que ele. Ela possuía sete botões, seis deles ligados a continentes, todos com cores diferentes, e o último, o sétimo, preto, e que, segundo Ferris, nunca deveria ser apertado. Além dos botões a caixa tinha alavancas que davam moedas antigas ou doces de chocolates com formato de animais.

Que criança não ficaria tentada em pegar aquela caixa? Obviamente a menina aceita o presente e o esconde em sua casa, começa a se divertir puxando suas alavancas e as coisas na sua vida, com a sua família, amigos e até mesmo no mundo em geral começam a ficar desastrosas. Os desastres acontecem justamente nos mesmos dias em que ela tem vontade de interagir com algo proibido da caixa, seria ela a culpada por tudo de ruim que está acontecendo? Teria a caixa, algo haver com todos esses problemas ou seria apenas uma terrível coincidência?

21 Lições para o Século 21 | Yuval Noah Harari

Título Original: 21 Lessons for the 21st Century
Autor: Yuval Noah Harari
Tradução: Paulo Geiger
Ano: 2018
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 441
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Yuval Noah Harari, nascido em Israel, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém e ph.D em história pela Universidade de Oxford, tornou-se mundialmente reconhecido por seu primeiro livro, Sapiens, publicado em mais de 35 países e localizado entre uma das obras mais vendidas na lista de livros internacionais. 

Em seu primeiro livro, por meio de uma escrita bem-humorada, acessível e inegavelmente contextualizada, o autor delineia a trajetória humana, explora as nuances nunca exploradas ao longo do ensino formal, detalha nossos erros e acertos, mas, principalmente, firma uma teoria que, embora trabalhada por outros autores antes dele, nunca se delimitou de forma tão fundamentada quanto em Sapiens. Ao perceber a habilidade intrinsecamente humana de criar histórias, consolidar ficções e compartilhar narrativas, Harari interliga os primórdios da natureza humana e sua expansão por entre os limites da terra ao ato de contar histórias e basear-se em ficções. Assim criamos impérios, religiões, dinheiro, governos e toda uma gama de elementos ficcionais capazes de dar ordem à realidade.

“Para o bem ou para o mal, a ficção está entre os instrumentos mais eficazes na caixa de ferramentas da humanidade”

Ao longo de Homo Deus, seu segundo livro publicado, o autor reflete acerca dos caminhos humanos e como todo e cada elemento de nossa trajetória enquanto espécie pode vir a aniquilar promissores quadros futuros. Interligando tendências atuais observadas em pesquisas científicas e tecnológicas ao conhecimento de todos os erros humanos e tragédias provocadas por mãos humanas, além de uma habilidade reflexiva que por vezes se associa às melhores obras de ficção científica, o autor debate cenários futuros racionalmente e fortemente passiveis de materializarem-se como destino da humanidade.

Sorteio de 7 Anos do Lendo e Escrevendo


Oi Pessoal! Em janeiro o Lendo e Escrevendo comemora 7 anos como blog literário e para comemorar nos juntamos com alguns blogs amigos para presentear vocês leitores que tem nos acompanhado durante os últimos anos, então muito obrigada a todos vocês. Vamos ao sorteio! Para participar do sorteio confira o regulamento e preencha o formulário!

Espere Agora pelo Ano Passado | Philip K. Dick

Título Original: Now Wait for Last Year
Autor: Philip K. Dick
Tradução: Braulio Tavares
Ano: 2018
Editora: Suma
Páginas: 293
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No contexto fictício de um futuro distante a humanidade descobriu-se descendente de uma raça alienígena que muitos anos no passado precisou pousar e, devido à imprevistos e possíveis falhas mecânicas, deixar para trás algumas de suas naves neste fabuloso e constantemente ignorado planeta. 

Os espécimes abandonados pouco a pouco se modificaram, transformando-se neste animal bípede, razoavelmente racional e nem sempre fofinho conhecido por ser humano. Nossos problemas – que já não eram poucos – elevam seu nível de grandeza quando, ao estabelecer contato com uma quantidade considerável de raças alienígenas, a humanidade alia-se ao lado errado em uma guerra que só lhe causa dores de cabeça e prejuízos.

É neste contexto que encontramos Eric Sweetscent, um médico capaz de retirar, em questão de minutos, órgãos humanos que não funcionam mais e em seu lugar implantar órgãos artificiais capazes de ampliar drasticamente a expectativa de vida de seus pacientes. Eric trabalha como médico particular de um dos mais importantes nomes da indústria terráquea, contudo, ele frequentemente se questiona se seu planeta escolheu o lado correto na guerra intergaláctica que enfrentam desde que sua aliança foi firmada; encontra-se em um casamento conturbado em que a bela esposa também se classifica como inegável viciada em drogas e, quando sua vida parecia não esconder nada mais de novo sob o sol, lhe será oferecida uma proposta irrecusável.

“Os seres humanos sempre se esforçaram para reter o passado, para conservá-lo de forma convincente; não há nada de errado nisso. Sem isso, não temos nenhum senso de continuidade, temos apenas o momento”

Dublinenses | James Joyce

Título Original: Dubliners
Autor: James Joyce
Tradução: Caetano W. Galindo
Ano: 2018
Editora: Penguin Companhia
Páginas: 277
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James Joyce - irlandês nascido no ano de 1882 e autor da renomada obra Ulysses - teve sua produção literária elaborada e publicada entre os anos de 1907 e 1939. Embora a leitora que vos fala reconhecesse a existência do escritor e, como muitos devem saber, possui grande amor por obras e autores clássicos, até o momento em que me foi atribuída a oportunidade de realizar a leitura de Dublinenses, eu não possuía o menor conhecimento ou expectativa do que poderia me aguardar ao longo das páginas escritas por este autor.

Neste sentido, uma vez que estamos abordando um livro de contos e um primeiro contato entre a escrita de um autor consagrado e uma leitora que não sabia o que esperar de sua produção literária, considero importante ressaltar que esta não será uma resenha padrão. Minha intenção com este texto está muito mais voltada às impressões de leitura, aos pensamentos com relação ao estilo de escrita e aos pontos positivos desta obra do que relatar o que encontraremos em cada breve história criada pelo autor.
“Por que será que palavras como essas me parecem tão apagadas e tão frias? Será porque não há palavra que seja terna o bastante para ser teu nome? ”